segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Redes Sociais

Facebook: empresa criada por Mark Zuckerberg, um estudante de Harvard.Há 6 anos colocou no ar a comunidade on line para conversar com seus amigos da faculdade. O que atrai milhares de usuários para essa ( e outras) comunidades é a possibilidade de compartilhar com outras pessoas informações e sentimentos tão íntimos quanto a primeira palavra que seu filho falou,onde e com quem passará o próximo fim de semana ou qual é a sua marca de tênis favorita. Quanto mais aberto e compartilhado,mais esse monte de gostos e preferências aproxima as pessoas.Essa é a natureza poderosa das redes on-line. O problema é que essa também é a lógica do negócio das donas das redes. Até agora, usar estas informações é a única forma que elas encontraram para ganhar dinheiro - e sustentar as próprias redes. Encontrar o equilíbrio entre a privacidade dos dados e seu modelo de negócios é o principal desafio das redes sociais. Quando alguém posta uma foto,um vídeo ou faz uma lista das coisas de que mais gosta em uma comunidade, isso se transforma automaticamente no principal ativo das redes sociais.Elas podem vender essas informações para outras empresas. Uma das formas de fazer isto é criar perfis de consumo. Uma empresa que vende bebidas para jovens,pode usar os dados da rede para entender como usuários que frequentam certo tipo de festa lidam com o álcool. "Para os anunciantes é interessante porque as pessoas estão nas redes sociais,como em uma grande praça, à vontade",afirma Ana Maria Nubié,vice presidente da agência Click,especializada em publicidade no mundo digital. As críticas ao acesso de dados pessoais não são novidade.Há algo de profundamente perturbador em deixar sua vida à mostra-seus amores,suas fotos de infância, seus comentários. No ano passado, o governo canadense intimou o Facebook a mudar a página em que seus usuários escolhem os níveis de privacidade de suas informações. A falta de transparência nas regras de privacidade da rede também chamou a atenção da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos e de organizações ligadas à União Européia,que cogitam investigar a empresa. A pressão foi sentida em Palo Alto na Califórnia.´Zuckerberg anunciou alterações. As opções para configurar o nível de privacidade serão mais simples.E o usuário poderá optar por não compartilhar dados com sites externos à rede social. Alguns especialistas preveem uma mudança de comportamento dos participantes de comunidades.Os mais jovens,maioria nas redes, se importam menos com privacidade."Mas,conforme amadurecem,a forma de lidar com a questão muda", afirma Marcelo Coutinho,professor da Fundação Getúlio Vargas. Ainda não existem mecanismos e leis claras de controle das informações on-line.Mas a governança da privacidade já virou a grande questão da internet nesta década. Texto retirado da Revista Epoca , 31 de maio de 2010 autores: Alexandre Mansur e Camila Guimarães

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